NOTA DE AGRADECIMENTO – 21ª Caminhada da Liberdade leva 50 mil pessoas às ruas em 2024

 

NOTA DE AGRADECIMENTO

21ª Caminhada da Liberdade leva 50 mil pessoas às ruas em 2024

O bairro da Liberdade é ainda a melhor tradução de Salvador, a cidade mais negra do Brasil fora da África. No dia 20 de novembro de 2024, celebrando pela primeira vez o feriado nacional do Dia da Consciência Negra, instituído pelo presidente Lula no ano passado, mais de 50 mil pessoas foram às ruas e participaram entusiasmadas da 21ª Caminhada da Liberdade.

Um dia histórico, que será lembrado por muitos e muitos anos. Organizado pelo Fórum de Entidades Negras da Bahia (Feneba), o evento que começa no Curuzu e segue até o Pelourinho contou com a presença de pessoas de todas as idades, turistas e a percussão e o canto dos blocos afro Ilê Aiyê, Muzenza, Cortejo Afro, Os Negões, Malê Debalê e Ókánbí; homenageou os heróis da Revolta dos Malês; e dedicou o Troféu Nobre Guerreira à rainha Zezé Motta, atriz, cantora e símbolo da luta antirracista.

Na chegada ao Pelourinho, tivemos o que chamamos de acontecimento: um show intimista em homenagem ao cantor e compositor Luiz Melodia (1951-2017), que tanto amava a Bahia e Salvador, na voz de Danilo Moreno e do violão de Renato Piau, parceiro do poeta. Uma noite memorável que fechou a 21ª Caminhada da Liberdade.

Agradecemos a presença da banda da Polícia Militar, que atendendo a nosso convite, celebrou conosco este dia de luta e reflexão, executando o Hino Nacional e o Hino ao 2 de Julho na saída da Caminhada na Senzala do Barro Preto. Agradecemos também o apoio inestimável da Secretaria Estadual de Comunicação, Sepromi, Secretaria Estadual de Educação, Portfolium, Escola de Formação Política Luiza Mahin, Bahiagás, Prefeitura de Salvador, Secretaria Estadual de Turismo.

Entre autoridades e políticos que passaram por lá, destacamos as presenças da secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Ângela Guimarães; a deputada estadual Olivia Santana e o ex-candidato a prefeito Kleber Rosa.

Lamentável a ausência daqueles que se dizem defensores das pautas raciais, mas não souberam captar a magnitude do evento, bem como a falta de apoio da União: indiferença foi o que recebemos de volta do Ministério da Cultura, Ministério da Igualdade e Fundação Cultural Palmares. Com surpresa fomos informados de que o projeto alusivo aos 190 anos da Revolta dos Malês que inscrevemos no edital Programa Petrobras Cultural e rodaríamos em escolas e na sociedade em geral também não foi contemplado. Buscamos respostas para entender os critérios de seleção.

Nosso muito obrigado a todas, todos e todes. Axé!

Feneba

feneba-horizontal